Atendendo à posição das duas equipas na tabela – o Lamego era “lanterna vermelha” e o Sporting da Mêda quarto classificado, o desafio até podia parecer fácil para os visitantes.
O que certamente ninguém pensava era que o árbitro, vindo de Vila Real, pudesse ser o 12º jogador dos locais e o 13º fosse a paupérrima situação em que se encontra o relvado dos Estádio dos Remédios. Além destas dificuldades, Artur Lobão não pôde contar com Edi e Tibério por lesão e castigo.
Contudo, a Mêda, que contou com o apoio de muitos adeptos, entrou em campo com o firme propósito de controlar as operações e conseguiu-no. Só que aos 14’, e com excesso de zelo do árbitro, os visitantes ficaram reduzidos a dez por expulsão de Luís Miguel. Apesar disso, a equipa não baixou os braços e durante o primeiro tempo conseguiu controlar o jogo. Já na segunda metade, os lamecenses entraram mais pressionantes e durante alguns minutos conseguiram criar jogadas de perigo junto à baliza de Zé Luís.
Artur Lobão retificou posições, fez as alterações necessárias e o Sporting de Mêda conseguiu equilibrar as coisas apesar da inferioridade numérica. Mas o trio de arbitragem não queria nada com os medenses e esqueceu-se constantemente de assinalar livres contra os locais junto da área, preferindo fazê-lo, e muitas vezes mal, junto da área de Zé Luís. A prova surgiu aos 58’, quando, depois do auxiliar do lado da bancada ter assinalado pontapé de baliza a favor da Mêda, o árbitro resolveu marcar penálti. Ficou assim o Lamego na frente do marcador graças a um castigo máximo convertido por Binaia. Mas os casos estranhos não se ficaram por aqui e, volvidos seis minutos, Pedro Mesquita marcou um livre na meia-lua da área da Mêda que só ele viu. Xina não perdoou e aumentou a vantagem dos locais, estabelecendo o resultado final.
As “avarias” do trio de arbitragem não se ficaram por aqui, pois deveria ter expulo Binaia aos 88’, já que nos pareceu ter visto o cartão amarelo alguns minutos antes. É de estranhar a nomeação de um árbitro de Vila Real para este jogo, logo na jornada em que Vítor Maças, que jogou e dá aulas em Vila Real, se estreou à frente do Lamego. Enfim, são muitas coincidências. No final, Artur Lobão era um homem visivelmente agastado com tudo o que se passou, dizendo que este «acidente de percurso» não influencie a prestação da equipa. O próximo jogo disputa-se na Mêda a 11 de dezembro, frente ao Serzedelo.
Fonte: Jornal O Interior Fernando Araújo/Rádio Elmo/Mêda FM
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