sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Liga 2-Ac Viseu-Sp covilha-1-0

Ficha do jogo – Académico de Viseu 1 – 0 Sp. Covilhã

Liga 2 Cabovisão - 26ª Jornada
Data – 22 de janeiro de 2014
Estádio – Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu
Arbitro – Duarte Gomes (A.F. Lisboa)
Auxiliares – Venâncio Tomé e Nuno Vicente
Ao intervalo – 1-0
Resultado final - 1-0

Golos: Cafú (41´) Académico de Viseu



Ac. Viseu 1
Ricardo Janota, Tiago Costa, Paulo Monteiro, Cláudio (cap.) e Ricardo Ferreira, Capela, João Martins (Fausto Lourenço, 77´), Luisinho (Zé Rui, 88´) e Bruno Loureiro, João Alves (Ibraima, 80’) e Cafú

Treinador: Ricardo Chéu

Sp. Covilhã 0
Igor, Gilberto, Luís Rocha, Edgar e Alex Kakuba, Victor Massaia (Soares 63´), Carlos Manuel, Gui, Tiago Martins, Kizito, Bata (Amian 45´).

Treinador: Francisco Chaló. 

Mais um jogo, mais uma vitória, começa a ser a rotina do Académico. A equipa respira confiança e quando assim é, as coisas acabam por correr bem.

Vitória muito saborosa, são todas, dirão vocês, mas esta tem um significado especial, pois foi obtida contra um dos nossos rivais de sempre, e contra uma das equipas em melhor momento de forma, nesta altura do campeonato.

Entrou bem, o Académico, como tem acontecido nos últimos jogos, mas o Covilhã foi dando conta do recado, equilibrando a partida. O sinal mais era no entanto do Académico e até ao intervalo 3 oportunidades para o Académico, uma das quais deu golo e apenas uma flagrante para o Covilhã, num grande pormenor do seu avançado, era um golo à Madjer, mas em superior. 

O Académico sempre em busca do golo acaba por falhar de baliza aberta por Cafú num centro magnífico de Luisinho, um perdida incrível de Cafú que pouco depois viria a corrigir, marcando o decisivo golo da partida. Não marcou nesse lance o Académico, mas viria a fazê-lo pouco tempo depois. 

Após um espantoso remate de João Alves de fora da área, parecia que a bola ia dar 3 pontos para o País de Gales, como see diz na gíria do futebol, mas eis que, repentinamente, baixa e acaba por embater com estrondo na barra. Na recarga, o super-sónico Cafú atira para golo. Era mais do que justo o golo do Académico e até ao intervalo ainda dispôs de nova situação, mas a margem mínima ao intervalo era correta e premiava a melhor qualidade de jogo do Académico e o maior número de oportunidades conseguidas.

2ª parte, o Covilhã entra com disposição de inverter o resultado, e, substituição após substituição foi reforçando o seu sector atacante. No meu-campo impunha-se Carlos Manuel, um Viseense, grande qualidade de passe, grande trabalhador naquele meio-campo, excelente jogador. Na frente, com tantos avançados o Covilhã ia criando imensas dificuldades à defesa Academista. O Académico em saídas rápidas acabou por criar 2 a 3 ocasiões de golo claras e a desperdiçar outras jogadas de contra-ataque que poderiam dar muito perigo, mas que não foram bem aproveitas, por alguma precipitação.

Retomando o que estava a dizer, na 2ª parte muito mais posse de bola por parte do Covilhã, domínio do jogo, mais oportunidades de golo, duas delas muito flagrantes, embora no contra-pé o Académico também tenha tido 2 claríssimas, uma anulada por pretenso fora de jogo (não tenho a certeza) e outra desperdiçada por Luisinho, ou melhor muito bem defendida pelo Guarda-redes do Covilhã.

O 2-0 nunca surgiu para todos tranquilizar e até final foi um daqueles jogos em que sofremos muito, muito mesmo, pois repito o Covilhã jogou muito bem, a melhor equipa que passou no Fontelo a jogar, isto da forma como o fez na 2ª parte.

Sou adepto do Académico, como todos sabeis, mas sei ver futebol e se na 1ª volta escrevi que o Covilhã não jogava nada de nada, pois foi o que vi nesse jogo, hoje tenho que dizer que daí para cá, a mudança foi radical e hoje, o Covilhã fez uma excelente 2ª parte e se nesse período tivesse empatado o jogo, numa das claras oportunidades de golo que criou, teríamos de aceitar. Agora, o que aconteceu perto do final do jogo, é que me custa a entender e muito mais a aceitar e passo a descrever: volto a repetir, o Académico foi um justo vencedor, mas o Covilhã poderia ter chegado ao empate na 2ª parte, com as oportunidades que criou e o resultado teria  de ser considerado igualmente justo. 

O que não foi justo foi o que aconteceu, nos últimos 15 minutos e que nada de nada tem a ver com a equipa do Covilhã, os seus jogadores ou o seu Treinador, o que aconteceu foi o seguinte: A arbitragem que até aí tinha sido excelente, começa a fraquejar nos últimos 15 minutos, com o poupar de um 2ª amarelo a um jogador do Covilhã, de imediato substituído pelo seu treinador, o golo anulado ao Académico, que me deixa dúvidas, mas admito que tenha sido uma decisão acertada. Mas o pior estava para vir e o que foi? 5 minutos de descontos, quando não houve praticamente interrupções em todo o 2º tempo. 2, no máximo 3 minutos seria, em meu entender o tempo correto. Mas esses 5 minutos parecerem ter razão de ser pelo que aconteceu ao 6º (isso mesmo, já depois dos 5) minuto de descontos, e o que foi? 

O Covilhã pressionava, o Académico defendia e quando todos esperavam o apito final (o tempo já se tinha escoado), num lance em que nada de nada se vê, o árbitro, apita, e bem, ninguém percebeu o que teria apitado, mas houve quem pensasse que fosse penalti contra o Académico, falta atacante, mas não, o que aconteceu foi um livre indirecto dentro da área, ou seja pé em riste?, terá sido?, mas tenho de ver as imagens, pois no campo a sensação que ficou e digo, apenas a sensação, pois nada mais tenho contra o árbitro que repito, fez uma excelente arbitragem até ao minuto 75, foi a de que estava a ser “arranjado” algo para prejudicar o Académico. Repito, foi a sensação com que fiquei, mas como estou a ver o jogo como adepto, admito que possa ter visto algo que efectivamente não se passou, mas que foi a sensação com que fiquei, bem lá isso foi e que me revoltou bastante, tb, é verdade, revoltou, mas houve justiça e o Covilhã que fez uma excelente 2ª parte, não merecia empatar o jogo com um lance destes, pois merecia, sim tê-lo feito, mas nos lances justos e corretos que criou ao longo da 2ª parte.

O Académico pela forma como soube sofrer na 2ª parte mereceu esta vitória, muito, muito importante, que nos dá 30 pontos na tabela classificativa e nos põe a olhar para cima e a sonhar com lugares bem mais consentâneos com  o valor da nossa equipa.

Destaques individuais

Ricardo Ferreira, em grande forma, depois do excelente jogo contra o Tondela, hoje, de novo, jogo magnífico, mas o meu destaque principal, perdoem-me todos os outros vai para Tiago Costa, em estreia de sonho, um jogador que corre por 3, tem atitude e raça semelhante a Maxi Pereira, evitou em cima da linha de golo 2 claras oportunidades do Covilhã, ou seja foi o homem do jogo. A isto chama-se chegar, jogar, convencer e não mais largar o lugar. Espantosa exibição de Tiago Costa.

Cafú, trabalha por 4, cansa ver Cafú a disputar cada lance como se fosse o último da sua carreira, e a forma como recupera o fólego e logo de seguida faz outro arranque, espantoso. Cafú, um exemplo para toda a equipa. Para além de todo esse trabalho, marcou o golo decisivo.

Toda a equipa trabalhou muito e bem, aguentou a 2ª parte o pressing do Covilhã e saber defender e saber sofrer é também uma qualidade que tem de ser relevada no futebol, pois não se ganham jogos, atacando sempre do 1º ao último minuto.

Ricardo Chéu, hoje, com alguma fortuna, temos de reconhecer, sem quaisquer problemas, ao contrário do que aconteceu em Tondela, onde com um pingo de sorte ganhávamos o jogo, hoje essa sorte esteve do nosso lado, efectivamente Mas dizia eu, em 3 jogos, 2 vitórias, um empate, 7 pontos, e a meta dos 30 pontos atingida. Faltam 4 vitórias para assegurar em definitivo a continuidade nesta Liga, mas vamos olhar mais para cima e tudo fazer, jogo, a jogo, ou seja pensar, apenas e só no jogo seguinte e na possibilidade de obter os 3 pontos.
Este é um campeonato especial, muito, muito competitivo e dentro dele há vários campeonatos, um deles, é o mini-campeonato Académico, Tondela, Beira-Mar, Covilhã, Para já estamos a conseguir pontuar bem nesses jogos e vamos na classificação aproximando-nos do Beira-Mar, o 1º adversário que queremos ultrapassar em termos pontuais. O equilíbrio é enorme e se vos perguntar quem acham ser o mais candidato, o Portimonense, o Moreirense, o Tondela, ou o Covilhã, eu diria que destas 4 equipas, por exemplo, pelo jogo da 1ª volta diria que o Covilhã seria último classificado, mas pelo jogo de hoje, digo que é a equipa, talvez, em melhor forma desta 2ª Liga, nesta altura.
O equilíbrio é espantoso, e há bons jogos nesta Liga 2, pena a hora a que acontecem, jogos, como o de hoje, pois se fosse a um domingo, certamente estaria o Fontelo com muito, mas mesmo muito mais gente, obviamente.

fonte:magia do futebol

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