Ao minuto oitenta, o árbitro auxiliar do lado da bancada e o árbitro principal, não quiseram ver o avançado do Manteigas, dominar a bola com a mão, na grande área da Desportiva. Parecia um jogador de basquetebol.
Nesta
sexta jornada a Desportiva visitava o líder do campeonato, e o
treinador, Carlos Coelho, escolheu o mesmo onze do jogo anterior. Assim:
Tiago, Arlindo, Zé Pedro, Bruno, Isidro, Mauro, Jé, Tó Luís, Kévin,
João Rito e Tiago Dias, alinharam desde o início, ficando no banco:
Frestas, Emanuel, Luís, Costa, Fragoso, Hélder Vaz e David.
Este jogo tinha uma
particularidade interessante, a Desportiva tinha a defesa menos batida
do campeonato e ia jogar com o líder e com o melhor ataque. Na primeira
parte, a Desportiva, não deixou que os seus adversários criassem
qualquer oportunidade de golo, defendia em bloco e o nosso guarda -
redes não teve necessidade de nenhuma intervenção.
O início da segunda
parte correu como o primeiro tempo. O Manteigas via o tempo passar e o
aumento da ansiedade dos jogadores e do público já se faziam notar. A
equipa de arbitragem, liderada pelo jovem e inexperiente árbitro Manuel
Pinto, que tão bem tinha estado até aqui, começava, ao contrário de S.
Martinho, a tirar a capa, em linguagem actual, o tapete aos jogadores da
Desportiva, fazendo vista grossa a algumas faltas, que originavam
rápidos e perigosos contra ataques da equipa da casa. Ao minuto oitenta o
árbitro auxiliar do lado da bancada e o árbitro principal, não quiseram
ver o avançado do Manteigas, dominar a bola com a mão, na grande área
da Desportiva. Parecia um jogador de basquetebol, cruzando de seguida, e
um seu colega cabeceou, fazendo o tento da vitória. Os jogadores bem
reclamaram assim como todo o banco, mas de nada valeu. Os jogadores da
Desportiva, feridos da sua dignidade, podiam ter empatado logo no minuto
seguinte. Mauro, já na grande área, desfere um remate, correspondendo o
guardião do Manteigas com a defesa da tarde. A bola ainda bateu no
poste da baliza. Neste segundo tempo foram realizadas as três
substituições: Saíram, Tó Luís, Kévin e Jé, e entraram, Luís, Costa e
David. Aos oitenta e seis minutos o referido árbitro não teve a
tolerância que tinha tido ao longo do jogo, expulsando Costa com
vermelho directo. Foi nítido que o jogador da Desportiva escorregou,
indo depois, de forma involuntária, atingir o defesa do Manteigas. Por
tudo isto a equipa da raia não merecia esta derrota. Também quero
salientar que para este jogo, onde o primeiro classificado defrontava o
sexto, merecia, no meu entender, um árbitro mais experiente, porque o
lance que decide a partida não dignifica o desporto rei. No próximo fim
de semana, há uma pausa no campeonato, a Desportiva volta a jogar fora,
em Gouveia, partida a contar para os 1/16 da Taça de Honra da Associação
de Futebol da Guarda.
fonte:João Manso Dias-cinco quinas
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