FICHA DE JOGO:
Estádio: Municipal de Aguiar da Beira
Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)
AGUIAR DA BEIRA: Patrício, Patrick (Ananias, 86), Tino, Clemente, Marco Aurélio, Celso, Pepe (Vítor Hugo, 57), Tiago Gomes, Fabiano, Renan e Josivan (Possidónio, 64).
Suplentes não utilizados: Fabrício, Cláudio, Tiago Rocha e Hélder.
Treinador: Nuno Sena
MARÍTIMO: Wellington, João Diogo, João Guilherme, Igor Rossi, Luís Olim, David Simão, Semedo, Olberdam (Rodrigo, 28), Adilson, Danilo Dias (Fidelis, 46) e Ibrahim (Ruben Brígido, 73).
Suplentes não utilizados: Salin, Hassan, Ytalo e Ruben Ferreira.
Treinador: Pedro Martins
Disciplina: cartão amarelo a cartão amarelo para David Simão (11), Renan (12), Semedo (38), Marco Aurélio (50), Ruben Brígido (75), Gonçalo, Antunes, Hurtado, Vítor.
Ao intervalo: 0-1
GOLOS: Luís Olim(9 min), Luís Olim (79 min) e Adilson (89 min).
Com a bancada completamente cheia, o
Estádio Municipal de Aguiar da Beira, foi o local da festa da Taça.
Apesar do relvado encharcado assistiu-se a um bom jogo de futebol. Sem
dúvida, foi o Marítimo quem entrou melhor no desafio. Conseguiu marcar
cedo, num lance de bola parada. Os donos da casa não se inibiram e
ripostaram de forma determinada e os insulares passaram a sentir maiores
dificuldades. Wellington foi colocado à prova a remates de Josivan,
Patrick e Renan, este jogador a caminho de um clube da Segunda Liga, a
UD Oliveirense. Quando o conjunto madeirense conseguiu colocar maior
pressão, valeu a boa actuação de Patrício para evitar por duas vezes o
segundo golo dos visitantes. Tapando bem os caminhos para os passes de
morte dos dianteiros do Marítimo, os locais conseguiam sair em rápidos
contra-ataques. O intervalo chegou e o Aguiar da Beira merecia ter ido
para o descanso com um empate. De facto, à excepção de David Simão, os
jogadores maritimenses não foram superiores aos atletas da casa, que
deram o seu melhor apesar de terem de enfrentar dois adversários
poderosos, o relvado com demasiado água e o próprio Marítimo.
No reatamento a equipa comandada por Nuno
Sena, ao contrário do que se pensava, entrou com muita determinação não
acusando qualquer cansaço e o obrigou o Marítimo a dar o seu melhor. O
treinador do conjunto aguiarense decidiu arriscar mais no ataque,
fazendo entrar Vítor Hugo e Possidónio. O Aguiar da Beira passou a
carregar mais na ofensiva. Entretanto, o duelo entre Celso e David Simão
ia fazendo mossa no jogo, com o jogador da casa a dar, desse modo, o
mote para os seus companheiros continuarem a tentar a igualdade.
Entretanto, Wellington ia passando por vários sustos e num livre
convertido por Renan, Tiago Gomes obrigou-o a grande defesa. Os
aguiarenses acentuaram a pressão e o treinador maritimista teve de fazer
mexidas no seu xadrês. A cartada de Pedro Martins acabou por ser o
xeque-mate para o encontro. É que Brígido logrou iniciar uma excelente
jogada individual, servindo Adilson que por sua vez possibilitou a Luís
Olim, no coração da área, a bater Patrício. Se se pensou que os donos da
casa atiraram com a toalha ao chão, foi puro engano. Os aguiarense
continuaram a mostrar que estavam em campo para dignificar o futebol,
vendendo cara a derrota. Valeu então Wellington para evitar o golo a
remate de Renan. Os donos da casa não viraram a cara à luta, jogando de
igual para igual, proporcionaando um excelente espectáculo. Sempre com
muito entusiasmo o Aguiar da Beira tentava o tento de honra- Só que os
insulares mostraram mais argumentos em termos de finalização e Adilson,
um dos bons jogadores do Marítimo, acabou por fazer o terceiro golo aos
90 minutos.
No global o conjunto da casa merecia o
tento de honra. O Aguiar da Beira foi eliminado mas caiu de pé frente a
um adversário de outra galáxia do futebol nacional. A arbitragem de
Soares Dias esteve em plano positivo.
Reacções
Nuno Sena, treinador do Aguiar da Beira
“Vendemos cara a derrota. Era essencial
que não sofressemos golos nos primeiros 15 ou 20 minutos, mas sofremos
um aos 10 minutos e isso complicou-nos a tarefa. Mesmo assim, quisemos
mostrar à moldura humana que veio assistir ao jogo, o que valemos. Na
maior parte do encontro jogamos de igual para igual. Quando sofremos o
segundo golo quebramos e o Marítimo pode então descansar. Chegar até
aqui foi muito bom e dou os parabéns aos meus jogadores pela carreira
que tiveram na Taça”.
Pedro Martins, treinador do Marítimo
“Conseguimos uma vitória justa, mas
difícil frente a uma equipa que deu tudo em campo, vendendo cara a
derrota. Os meus jogadores tiveram alguma dificuldade em se adaptar às
condições do relvado encharcado, o que ajudou o adversário. Marcamos
três golos e estou contente por isso, porque nos permite estar na
eliminatória seguinte”.
fonte:Antonio Pacheco
(Em Atualização)
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