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Joel Rocha treinador do Fundão |
Em todos os locais do país existem fortes hipóteses para existirem campeões, sem serem sempre os eternos candidatos a conseguirem conquista-lo para isso basta existir grandes quantidades de investimento
desportivo, investimento em recursos humanos, físicos e logísticos.
Joel Rocha diz ainda que para longo e curto prazo só pensa mesmo na equipa do Fundão e seus jogadores para conseguir o que ambiciona de continuar abrilhantar os excelentes campeonatos que têm realizado e fazer crescer ainda mais uma região do interior do país.
Futebol das Beiras (FB): O que o motivou a continuar mais uma época no Fundão?
Joel Rocha (JR): Primeiramente
a conjugação de dois interesses: o do clube e o meu. Depois, a estabilidade
directiva, as condições de qualidade que o clube oferece a todos os seus
intervenientes e a garantia de um compromisso colectivo muito forte que temos
entre todos são motivos mais que suficientes para me sentir bem, feliz e um
privilegiado em continuar no Fundão.
FB: Quais os objetivos para a época que se avizinha?
JR: Manter
o crescimento gradual, sustentado, equilibrado e ambicioso do clube, continuar
a ser uma referência do futsal em Portugal e melhorar os níveis de excelência
no desempenho desportivo a cada fim-de-semana, elevando a qualidade da nossa
organização de jogo, potenciando cada vez mais os nossos jogadores para
elevados patamares de rendimento.
FB: Tem o plantel que pretendia, ou aquele que foi
possivel?
JR: Tenho o plantel ideal, no qual confio total
e incondicionalmente, para que com trabalho, responsabilidade, humildade e
ambição, todos juntos conseguirmos alcançar os objetivos a que nos propomos.
FB: Perante as boas prestações das épocas anteriores, esta
nao será exceçao e para o público quer igual ou melhor que as anteriores?
JR: A nossa forma de ser e de estar é de uma
constante procura em melhorar e evoluir, nunca perdendo a noção das
dificuldades que a isso obriga. Sim, queremos melhorar e acreditamos muito que
o vamos conseguir!

JR: Se
pudesse, e de forma a aumentar os nossos níveis de qualidade, competitividade e
organização, jogava todos os fins-de-semana com esses “eternos candidatos” (sem
desprimor para as restantes equipas), mas como eles fazem parte de um calendário
e de um campeonato num modelo de “todos contra todos” com 14 equipas, não
altera rigorosamente em nada a nossa preparação e não mudamos um milímetro a
nossa identidade seja qual for o adversário da 1ª jornada ou da última. Todos
os jogos são “jogos do nosso campeonato”. Estes não serão diferentes.
FB: Será que no interior pode existir forma de uma equipa
conseguir chegar ao titulo de campeão?
JR: Culturalmente é difícil, desportivamente é
possível, actualmente é um enorme desafio. As diferenças muito significativas
na quantidade de investimento e orçamento de duas equipas para as restantes
acentua as diferenças, que só com muito trabalho e competência diária no treino
e jogo são reduzidas. Não querendo ser historiador, veja-se os resultados dos
últimos anos no futsal em Portugal e no desporto português em geral. Difícil,
mas que ninguém nos diga impossível.
FB: Como vê o futsal nesta região, será que se existisse
mais equipas na 1ª Divisão desta região poderia existir um maior equilibrio e
mais hipoteses de um dia aparecer um campeão?
JR: O aparecimento de um campeão nacional não
está relacionado com a quantidade de equipas ou com a sua localização
geográfica. Em todos os cantinhos de Portugal existe qualidade, competência e
ambição, mas só em alguns lugares existem grandes quantidades de investimento
desportivo, investimento em recursos humanos, físicos e logísticos.
FB: Como vê o futsal a nível Nacional e regional?
JR: Em crescimento sustentado, equilibrado e
ambicioso mas lento. Estamos melhor que à uns anos atrás, mas os outros que à
uns anos atrás já estavam à nossa frente, ainda por lá continuam. Continuamos a
correr atrás dos outros, mas cada vez mais perto. É um processo moroso, nem
sempre visível, difícil mas concretizável. Dependemos cada vez mais uns dos
outros. Quem assim não pensar, o futsal vai tratar de excluir.
FB: Como treinador do Fundão e com uma curta carreira
quais sao os sonhos para curto e longo tempo?
JR: A
curto prazo ajudar o Fundão, o meu clube e os meus jogadores a melhorarem as
suas competências e juntos alcançarmos os nossos objetivos. A longo prazo? Não
existe longo prazo no futsal nem muito menos na “pele” do treinador.
Actualmente sou feliz, sinto-me bem, gosto de estar onde estou e com quem estou
e considero-me um privilegiado, que muito trabalha para o continuar a ser.