quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Joel Rocha treinador do Fundão em entrevista

Joel Rocha treinador do Fundão


 Em todos os locais do país existem fortes hipóteses para existirem campeões, sem serem sempre os eternos candidatos a conseguirem conquista-lo para isso basta existir grandes quantidades de investimento desportivo, investimento em recursos humanos, físicos e logísticos.
Joel Rocha diz ainda que para longo e curto prazo só pensa mesmo na equipa do Fundão e seus jogadores para conseguir o que ambiciona de continuar abrilhantar os excelentes campeonatos que têm realizado e fazer crescer ainda mais uma região do interior do país.

Futebol das Beiras (FB): O que o motivou a continuar mais uma época no Fundão?
Joel Rocha (JR): Primeiramente a conjugação de dois interesses: o do clube e o meu. Depois, a estabilidade directiva, as condições de qualidade que o clube oferece a todos os seus intervenientes e a garantia de um compromisso colectivo muito forte que temos entre todos são motivos mais que suficientes para me sentir bem, feliz e um privilegiado em continuar no Fundão.

 FB: Quais os objetivos para a época que se avizinha?
JR: Manter o crescimento gradual, sustentado, equilibrado e ambicioso do clube, continuar a ser uma referência do futsal em Portugal e melhorar os níveis de excelência no desempenho desportivo a cada fim-de-semana, elevando a qualidade da nossa organização de jogo, potenciando cada vez mais os nossos jogadores para elevados patamares de rendimento.
FB: Tem o plantel que pretendia, ou aquele que foi possivel?
JR: Tenho o plantel ideal, no qual confio total e incondicionalmente, para que com trabalho, responsabilidade, humildade e ambição, todos juntos conseguirmos alcançar os objetivos a que nos propomos.
FB: Perante as boas prestações das épocas anteriores, esta nao será exceçao e para o público quer igual ou melhor que as anteriores?
JR: A nossa forma de ser e de estar é de uma constante procura em melhorar e evoluir, nunca perdendo a noção das dificuldades que a isso obriga. Sim, queremos melhorar e acreditamos muito que o vamos conseguir!
FB: Esta temporada inicia o campeonato logo com os eternos candidatos a serem campeões, o que tem a dizer perante este calendário que lhe saiu?


JR: Se pudesse, e de forma a aumentar os nossos níveis de qualidade, competitividade e organização, jogava todos os fins-de-semana com esses “eternos candidatos” (sem desprimor para as restantes equipas), mas como eles fazem parte de um calendário e de um campeonato num modelo de “todos contra todos” com 14 equipas, não altera rigorosamente em nada a nossa preparação e não mudamos um milímetro a nossa identidade seja qual for o adversário da 1ª jornada ou da última. Todos os jogos são “jogos do nosso campeonato”. Estes não serão diferentes.
FB: Será que no interior pode existir forma de uma equipa conseguir chegar ao titulo de campeão?
JR: Culturalmente é difícil, desportivamente é possível, actualmente é um enorme desafio. As diferenças muito significativas na quantidade de investimento e orçamento de duas equipas para as restantes acentua as diferenças, que só com muito trabalho e competência diária no treino e jogo são reduzidas. Não querendo ser historiador, veja-se os resultados dos últimos anos no futsal em Portugal e no desporto português em geral. Difícil, mas que ninguém nos diga impossível.
FB: Como vê o futsal nesta região, será que se existisse mais equipas na 1ª Divisão desta região poderia existir um maior equilibrio e mais hipoteses de um dia aparecer um campeão?
JR: O aparecimento de um campeão nacional não está relacionado com a quantidade de equipas ou com a sua localização geográfica. Em todos os cantinhos de Portugal existe qualidade, competência e ambição, mas só em alguns lugares existem grandes quantidades de investimento desportivo, investimento em recursos humanos, físicos e logísticos.
FB: Como vê o futsal a nível Nacional e regional?
JR: Em crescimento sustentado, equilibrado e ambicioso mas lento. Estamos melhor que à uns anos atrás, mas os outros que à uns anos atrás já estavam à nossa frente, ainda por lá continuam. Continuamos a correr atrás dos outros, mas cada vez mais perto. É um processo moroso, nem sempre visível, difícil mas concretizável. Dependemos cada vez mais uns dos outros. Quem assim não pensar, o futsal vai tratar de excluir.
FB: Como treinador do Fundão e com uma curta carreira quais sao os sonhos para curto e longo tempo?
JR: A curto prazo ajudar o Fundão, o meu clube e os meus jogadores a melhorarem as suas competências e juntos alcançarmos os nossos objetivos. A longo prazo? Não existe longo prazo no futsal nem muito menos na “pele” do treinador. Actualmente sou feliz, sinto-me bem, gosto de estar onde estou e com quem estou e considero-me um privilegiado, que muito trabalha para o continuar a ser.