terça-feira, 4 de outubro de 2011

entrevista do presidente AFG e Conselho arbitragem AFG na radio elmo

O presidente do Conselho de Arbitragem da AF Guarda, Dr. José Relvas, e o Presidente da Direcção, Dr. Amadeu Poço, estiveram mais de uma hora à conversa com o programa 'Contra-Ataque' da Rádio Elmo.
Um dos temas centrais do programa, como não podia deixar de ser, foi a arbitragem do distrito da Guarda, onde foram abordados diversos temas, como a falta de pagamentos aos árbitros no final da época passada, com ambos os presidentes a informarem que os árbitros neste momento já tinham a situação regularizada, mas que para isso tinha sido preciso fazer algumas exigências aos clubes e que estes tinham, na generalidade, percebido o sacrifício

que lhes estava a ser pedido, ressalvando ainda que neste momento a AFG tinha praticamente todos os compromissos financeiros saldados. Foi ainda referido que apesar de alguns comentários no forum do nosso site, nunca tiveram medo que não houvesse árbitros nas últimas 3 jornadas do campeonato da época transacta e que a alteração da burocracia a nível financeiro, como a bolsa de formação, levou ao atraso dos pagamentos.

A classificação da época transacta dos árbitros do nacional foi outro dos temas abordados, com o presidente Amadeu Poço a felicitar os árbitros, como Renato Gonçalves, Paulo Brás e Marco Rodrigues. Por outro lado, o presidente do Conselho de Arbitragem, confessou que o balanço das classificações «não foi óptimo, mas sim excelente». Também foram abordadas as classificações dos árbitros do distrital onde o Dr. José Relvas foi confrontado com algumas classificações bastantes baixas, onde este disse ter a certeza que os árbitros aplicam melhor as Leis de Jogo no campo do que as sabem escrever em resposta a uma pergunta, e que a falta de preparação dos árbitros a este nível pode ter influenciado as classificações, defendendo que toda a gente devia ter «pelo menos dois anos de latim e vários anos de português, porque para responder a uma pergunta é preciso primeiro perceber a pergunta e saber a lei e o grande problema é que nos testes os árbitros têm dificuldade em exprimirem aquilo que sabem», ressalvando porém que a culpa não era dos árbitros mas sim do sistema.

Foi ainda referido que a Associação de Futebol da Guarda tem 16 equipas de arbitragem distritais mais 4 que andam no nacional, pelo que, segundo os responsáveis, este ano se nada de anormal suceder vai haver árbitros suficientes na Guarda, não havendo necessidade de recorrer a outras associações vizinhas.

A postura dos árbitros nos campos distritais foi outra das questões abordadas pelo presidente do conselho de arbitragem, onde este defendeu que «o poder esta nos clubes, o cerne está nos clubes» e que por isso devia haver o máximo de respeito por estes por parte da arbitragem distrital e que apesar de os árbitros não terem que ser subservientes «não se devem armar em chefões perante os clubes».

A falta de árbitros é sempre um problema de discussão incontornável em qualquer discussão e neste caso não foi excepção, onde depois de relembrado que no regulamento está prevista a indicação de árbitros por parte dos clubes, nenhum clube o fez até hoje e que isso também contribui para a falta de árbitros, com o Dr. Amadeu Poço a relembrar que «seria lógico que os clubes indicassem árbitros», uma vez que, referiu Amadeu Poço, «quando há eleições há muitos clubes que querem um membro no Conselho de Arbitragem». Quanto à resolução de problema o conselho de arbitragem referiu que estão a pensar pôr em prática um programa de sensibilização junto das escolas para captar jovens árbitros.

A formação dos árbitros foi também tema de discussão nesta entrevista à Rádio Elmo, com o presidente Dr. José Relvas a referir que este Conselho iria apostar na formação e que para isso já tinha uma serie de acções marcadas para os próximos meses, porque os árbitros «têm que estar convencidos que cada vez sabem menos, pois essa é a melhor maneira para irem evoluindo».

Quanto às queixas da arbitragem, ambos os dirigentes concordaram que sempre irão existir, mas que entendem ter material humano para que a época corra bem e que não há a preocupação de ninguém em prejudicar seja que clube for.

Os observadores encerraram a conversa, onde foi referido que a Guarda tem apenas 3 observadores, que não satisfazem as necessidades da AFGuarda, mas que pelos menos os árbitros do quadro de elite esta época irão ter observações que contam como critério de observação. Abrir um curso de observadores era um dos objectivos, mas que como foi explicado, a Guarda não dispõe de «material humano» para o fazer.

A terminar a entrevista o presidente do conselho de arbitragem relembrou que clubes, árbitros, directores estão todos no mesmo barco e que ninguém que ser seja prejudicado mas que tem que haver também respeito, por parte dos clubes, pelos árbitros.
fonte: NAF Guarda

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