A 1.ª parte foi um deserto de ideias em ambos os lados do campo, com a
bola a passar mais tempo fora das quatro linhas do que dentro. Os
jogadores manteiguenses, mais dotados tecnicamente, apresentavam grandes
dificuldades na construção de jogadas, e o FC Pala a usar e abusar do
jogo direto e de excessiva agressividade a meio campo.
A AD Manteigas criou, em
toda a 1.ª parte, apenas 3 lances com
perigo junto da baliza local, por nenhuma do seu adversário. A grande
ocasião de golo saiu da testa de André Barra,
na sequência de canto apontado por Carvalhinho, que o guarda-redes
local defendeu com elasticidade e eficácia. A segunda ocasião foi
construída pelo seu jovem irmão, Tiago Barra, quando progrediu na zona
central numa avenida por si aberta, mas disparou de pé esquerdo junto ao
poste mas do lado de fora. A terceira ocasião foi desperdiçada por Edi Rafael quando chegou e rematou muito forçado ao segundo poste, após cruzamento de Eugenio Gerardo. Ao intervalo 0-0.No duro campo pelado de Pala e em dia de precoce primavera, sobrou em pó o que faltou em futebol.
No descanso Carlos Sacadura operou duas alterações em simultâneo colocando no jogo Jean Amarante e Titá. Este último, na primeira vez em que tocou na bola, ganhou um canto na direita que foi cobrado superiormente por Carvalhinho, proporcionando a cabeçada para golo, em salto de peixe, de Edi Rafael que se encontrava livre de marcação no coração da área. Este golo permitiu que a nossa equipa começasse a pôr a bola no chão e atacasse com outro critério a baliza palense. Numa saída rápida Edi Rafael e Titá ficaram apenas perante um único defesa local mas Edi depois de ultrapassar este em velocidade optou pelo remate (que saiu por cima) quando tinha o seu companheiro ao lado na área completamente só e com a baliza à mercê. A ADManteigas continuava a atacar, sobretudo pelo lado direito onde emergia o lateral David Graça, hoje muito ofensivo. Foi num desses lances que este jogador, depois de ter tabelado com Titá, apareceu isolado frente ao guarda-redes mas foi derrubado por um defesa que chegou atrasado. A consequente grande penalidade foi convertida, com a habitual eficácia, por Titá. A nossa equipa geria agora o jogo a seu bel-prazer, contudo sofreu um sobressalto quando o ala esquerdo palense rematou ao poste, em trivela, naquela que foi a única oportunidade local em todo o jogo. Para estar a salvo de outros eventuais calafrios (que não aconteceram), Jean, numa grande abertura, colocou Edi Rafael na cara do guarda-redes que foi superado pelo chapéu simples do avançado manteiguense originário de terras de Foz do Côa. O jogo arrastou-se até final sem que Daniel Serra tenha feito qualquer defesa, deixando Pala com a sua roupagem imaculada.
fonte:ADM
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