1/8’s de final da Taça de Honra da AF Guarda
Vitória clara e convincente da nossa equipa sobre o actual líder do
campeonato, com uma terceira equipa em campo (arbitragem) de nível
nacional, o que fez toda a diferença no respeito que existiu pelo jogo e
por todos os intervenientes.
O jogo começou algo frio como as
temperaturas que se sentiam esta tarde em S. Sebastião. Após cerca de
15’ de respeito mútuo, a nossa equipa começou a deter as rédeas do jogo,
construindo sucessivas jogadas de envolvimento colectivo, com destaque
para a contínua participação de Edi Rafael, que surgiu no lugar do nosso
goleador Titá (relegado para o banco de suplentes por estar doente).
Até ao intervalo apenas dois lances de grande perigo junto das balizas. A
primeira, apesar do domínio manteiguense, pertenceu aos forasteiros
após falha defensiva de David Graça, mas à qual Daniel Serra, regressado
à baliza após cerca de 1 mês ausente por lesão, pôs cobro com uma saída
da baliza a fechar os caminhos da mesma ao seu adversário. A segunda, e
melhor ocasião do primeiro tempo para abrir o marcador, pertenceu à ADM
e a Edi Rafael, que, após jogada de contra-ataque, surgiu isolado na
cara do guarda-redes vilanovense mas rematou ao lado da baliza numa
aparente conclusão fácil. Ao intervalo 0-0.
Na segunda parte a nossa
equipa apareceu igualmente dominadora mas também mais agressiva no
último terço do terreno. Nos primeiros minutos criou logo duas ocasiões
muito claras. A primeira por Eugénio a desviar com o bico da bota um
cruzamento tenso de Diogo Gaspar mas a bola passou a roçar a barra da
baliza. Pouco depois Carvalhinho num livre directo lateral bateu forte o
guarda-redes defendeu para a frente onde apareceu Jean na pequena área a
recarregar igualmente para fora. Nesta altura já não era só frio que se
sentia no Barjona de Freitas, sentia-se também o golo iminente da AD
Manteigas. E assim foi. Excelente passe vertical de Ricardo Santos para
Edi Rafael que, com o seu domínio orientado, tirou um primeiro
adversário do caminho e com um drible o segundo, recorrendo este em
desespero à falta. Como já estava dentro da grande área o árbitro
assinalou a grande penalidade correspondente, transformada em golo, com
competência e eficácia, por André Barra. A nossa equipa continuou a
jogar e a mandar no jogo e, com naturalidade, ampliou a vantagem pouco
depois, num cabeceamento fulgurante do indeclinável central-goleador
André Barra, após cruzamento medido de Carvalhinho. Apenas aos 30’ da
segunda metade Os Vilanovenses conquistaram o seu primeiro pontapé de
canto, sintoma claro da subjugação que sofreram no dia de hoje. E foi
num pontapé de canto que os visitantes reduziram numa cabeçada ao
segundo poste. Contudo a nossa equipa percebeu que não era justo a
diferença entre as duas equipas ser de apenas um golo e que, portanto,
devia repor a diferença no marcador. Assim, logo a seguir, também na
sequência de um canto, Ricardo Santos cruzou e Titá, apesar de diminuído
ainda foi a jogo, cabeceou felino ao primeiro poste para o fundo das
redes.
No final, a sensação que a nossa equipa tem mais argumentos
colectivos e individuais que o adversário, e que a diferença pontual que
existe entre as duas equipas no campeonato não se deve ao mérito
desportivo.
fonte:ADM
Após ler-se esta análise vinda da ADM é natural que outra não se poderia esperar. A Associação Desportiva de Manteigas foi um justo vencedor mas a subjugação que foi referida no comentário peca por excessiva, embora se reconheça que nas oportunidades criadas foi claramente superior, contribuindo para isso três jogadores muito acima da média que integram o seu plantel que são os casos do Jean, do André Barra e do Titá.
ResponderEliminarJá habituados a comentários desestabilizadores de forma a desvalorizarem as nossas conquistas ou ofuscarem as inoperâncias de quem habitualmente se vitimiza, reconhecemos que estamos a mexer com alguém, porque realmente não temos argumentos, nem coletivos, nem individuais, nem persuasivos, nem financeiros, temos sim valores humanos que nos fazem diferentes. O mérito desportivo conquista-se no campo, não aparece por acaso. Não temos o melhor treinador, mas temos um bom condutor de homens, não temos os melhores jogadores, mas temos trabalhadores incansáveis, não temos grandes apoios financeiros, mas temos os nossos adeptos, os maiores patrocinadores da equipa. Sabemos da realidade em que estamos inseridos, num concelho em que a Câmara Municipal subsidia quatro equipas seniores entre 44 instituições. As despesas do Estádio D. Aurélia Moura em Vila Nova de Tazem são da responsabilidade do clube porque neste campeonato da 1ª divisão, fazemos parte das três ou quatro equipas que não têm Estádios Camarários e esse é mais um problema que temos que resolver em relação a outros afortunados.
Somos humildes mas com o discernimento necessário para afirmar que não sendo a equipa mais valiosa, porque não podemos combater os colossos financeiros do nosso campeonato ou a evidência do mercado, temos a sensação de sermos a equipa mais jovem, com mais margem de progressão e a mais regular, daí a diferença pontual que existe noutra prova.
Só para lembrar os mais desatentos, este era um jogo da Taça de Honra da AFGuarda e não do Campeonato distrital da 1ª Divisão como no final do artigo da ADM possa parecer, porque nesse, o resultado foi favorável à equipa que não é candidata ao título.
Fonte: Clube de Futebol «OAS VILANOVENSES